As duas catástrofes que se abateram sobre a nossa cidade sob a forma de terríveis tempestades, no dia 15 de fevereiro e agora, no dia 20 de março, não podem ser esquecidas – centenas de mortos e prejuízos incalculáveis estão aí para quem quiser ver. Nossa cidade pede socorro.

Eventos sinistros se repetiram em pouco mais de um mês, abalando todos os moradores da cidade, causando mais e mais prejuízos.

Com isso, às autoridades em todos os níveis, pedimos que reforcem o apoio a Petrópolis. Àquelas que nos observam de longe até o presente momento, pedimos que se aproximem e nos ajudem. Não há tempo a perder.

O governo federal pode abrir linhas de créditos a juros baratos a todos os comerciantes, profissionais liberais e moradores que tiveram seus negócios, suas ferramentas e residências atingidos. Se já o fez, que aumente as linhas de crédito.

Por que, por exemplo, não congelar os impostos federais para que os taxistas de Petrópolis possam comprar novos carros e substituir aqueles perdidos na catástrofe?

É importante manter e reforçar as Forças Armadas na cidade, para que ajudem a limpar e policiar nossas ruas.

Ao governo do estado, que mantenha e amplie o pessoal já colocado na cidade; também é possível abrir ou aumentar as linhas de crédito e cortar impostos estaduais.

Todos os projetos de prevenção às enchentes que não saíram do papel por algum motivo ao longo de todas essas décadas têm que se tornar realidade – para isso, é fundamental que a própria prefeitura de Petrópolis aja de forma firme. Não podemos mais ouvir que essa ou aquela gestão foram ineptas. O momento é de ação, simplesmente.

Aos municípios vizinhos, que nos ajudem como puder – a vinda da Conlurb da capital, por exemplo, naquela primeira tempestade, foi muito importante para ajudar na limpeza e conservação da nossa cidade.

As empresas privadas podem ajudar a financiar projetos robustos de prevenção aos danos causados por essas chuvas torrenciais – temos não só que sanar o mais rápido que puder os graves danos atuais, mas também nos preparar para o futuro. É evidente que necessitamos de uma equipe meteorológica, com equipamentos modernos; e não só Petrópolis, mas toda a Região Serrana.

Que tal a Concer, em outro exemplo, emergencialmente, abrir mão do pedágio para os moradores?

Em resumo, sem ajuda externa a cidade não vai se recuperar.

Aos petropolitanos, por sua vez, chegou o momento de todos os setores se despirem de conflitos. Se a cidade não se unir em torno do bem comum, não vamos conseguir sair dessa triste situação. Para isso é urgente a formação pela prefeitura de um Gabinete de Ações multi institucionais, em formato permanente, para combater não só a crise atual, como também se preparar para o futuro.

A direção do Sindicato dos Professores de Petrópolis e Região, por sua vez, se coloca à disposição para ajudar e discutir soluções.

Estamos todos traumatizados, mas o momento é de união e solidariedade a quem perdeu tudo – incluindo as vidas de parentes e amigos.

DIREÇÃO DO SINPRO PETRÓPOLIS E REGIÃO